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Foto do escritorClaudia Schmidt

Rocambole de barbante




Uma forma geométrica é recorrente nas minhas composições. Esta é atingida quando as facetas tendem ao infinito, quando não há mais aresta a ser aparada.


Círculos e esferas sempre me atraíram. Bambolê, uma paixão até hoje.


As bolas coloridas de plástico sempre foram um presente predileto de Natal ou aniversário. Lembro-me particularmente de ter ganhado duas num aniversário qualquer. A maior tinha uma cor de beterraba lavada com pintas negras irregulares. A outra era a clássica de fundo branco com imensos borrões coloridos. A bola canguru, na qual a gente montava e saía pulando... a gente parecia uma içá.


Assim, também, acontecia com as bolas de gude, às quais por eu não ser menino não tinha muito acesso. Estas eram encantadoras, transparentes ou leitosas. Murano para os nossos olhos leigos e virgens.


Era uma época diferente... a gente não tinha tudo à mão e em grande variedade ou disponibilidade como hoje.


Agora, aqui parada numa terça-feira que tende a um domingo que tende ao infinito, enxergo esferas, discos e anéis em movimento. Todos tendo um deus grego "PI" em comum.

Sem referência, porque todos os instantes são iguais, sem interferência de Cronos, mas com um "PI" qualquer em comum, procuro a essência de mim mesma.


Enquanto procuro, eu tramo dando voltas no meu próprio eixo. Componho bolachas de papelão, rocamboles de barbante. Desenvolvo mandalas coloridas e sem qualquer pretensão.

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1 Comment


lorenoms
May 28, 2020

No rocambole adorei os desenhos e as confidências infantis!

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