cuja fama precede o nome e cuja FAMA (Fábrica de Arte Marcos Amaro) lhe acrescenta alma, cor e sabor.
Pra quem não sabe, assim como acontecia comigo até sábado passado, na grande área urbana da cidade de Itu, onde antigamente funcionava uma tecelagem, existe hoje a sede da Fundação Marcos Amaro - FAMA, que conta com o acervo de arte do colecionador e artista Marcos Amaro.
A FAMA foi criada com o objetivo de disseminar e fomentar a arte contemporânea, com ênfase na produção nacional.
Nesse contexto de divulgação, o acervo permanente em Itu conta com centenas de obras espalhadas tanto ao ar livre como nos charmosos galpões rústicos e antigos que brotam gigantescos no terreno. Os próprios já são uma visão exuberante e a sua recuperação com o cuidado de lhes preservar as características originais é mais um ponto para a FAMA e para Itu.
No âmbito do fomento de manifestações artísticas contemporâneas, a fundação reserva espaço para performances, oficinas de criação e oferece programas de residência artística com a proposta de imersão e vivências no local para a criação nas diversas linguagens. Além disso, oferece o Prêmio de Arte Marcos Amaro, que é anual, nacional e destinado a um artista brasileiro ou estrangeiro residente no Brasil.
Uma mostra do que acontece indoor:
O espaço também abriga esculturas do artista Marcos Amaro, cuja matéria prima primordial são fuselagens de aeronaves já descartadas pelas empresas de aviação:
Nesse ambiente com alma, cor e sabor de primeiro mundo até matei as saudades da escultura que tem na esquina do prédio onde eu morava hehehe... A representação de uma árvore da espécie cambuí produzida em 'lata' pelo escultor Caciporé Torres <3
A diferença é que a de Itu está muito mais confortavelmente acomodada hehehe.
E dela, a curadoria da FAMA fala com muito mais propriedade: "
"Uma veia aberta, exposta ao céu aberto. Essa é a primeira impressão que causa a obra de Caciporé Torres (Araçatuba, 1935). Sua densidade nos é apresentada visceralmente. Ela brota do solo e seu fluxo orgânico transforma-se em erupções metálicas, descortinando suas engrenagens.
Trata-se de uma obra da série “Coluna”. Plantada no jardim, pode-se dizer que ela formaliza de maneira peculiar essas relações das quais estabelecemos, ora com a natureza ora com o urbano. Uma visceralidade que geralmente não sabemos identificar e, quando sim, não podemos problematizar. Uma preocupação não apenas estética do artista, como também conceitual."
Algumas das obras expostas são provenientes de Inhotim... minha próxima, ou futura parada ;) estimulada por esta experiência arrebatadora de tropeçar (literalmente, se não olhar por onde pisa) em atalhos ou calçadas que fazem parte do meu país das maravilhas particular.
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